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domingo, 9 de novembro de 2008

A PSICOLOGIA NA ONCOLOGIA


por Simone Costa


Entendendo a Psicossomática


É sabido que a origem Psicológica sobre o Câncer está relacionada à mágoa.
Existem pessoas que vivem de forma sofrida e negativa guardando apenas raiva e rancor dentro de si, não aceitam ajuda de amigos ou entes queridos que estejam ao seu redor e não conseguem assimilar seus próprios problemas que tendem a crescerem com o decorrer do tempo até tornarem-se insuportáveis. Essas mesmas pessoas deixam passar oportunidades em suas vidas pelo motivo de não conseguirem enxergar nada além do que seu próprio sofrimento. É uma situação que cria um grande desgaste em todas as pessoas que querem ajudar, até mesmo por que em muitos casos é nítido para o externo o erro que essas pessoas estão fazendo consigo e a negação interna sendo usada como mecanismo de defesa para não encararem tal fato. Nesse caso classificamos esse processo como resistência. É a negação em lidar com os conflitos e com suas emoções. A pessoa que se encontra resistente, vai começar a atrair só negativismo, pois é dessa forma que ela está e é dessa forma que a vida vai tratá-la. Caminhando mais um pouco por esse processo, no qual ela continua se afundando e não usando seus olhos e ouvidos para o positivo, por fim o corpo passa a falar e ela descobre que psicossomatizou um Câncer. Esse é o processo da Psicossomática. Ela surge no final quando a pessoa não conseguiu trabalhar suas questões, não conseguiu dar valor para si, não deu ouvidos para quem quis ajudá-la e acabou infelizmente passando para uma etapa mais séria. É importante quando a pessoa não está estruturada, procurar ajuda para que esse profissional a guie fazendo com que ela consiga entender o porquê de todos esses conflitos e a conecte com a realidade. Muitas vezes vai ser difícil e não vai adiantar muito. Mas se a pessoa estiver aberta no sentido de querer ajuda perante esse momento crítico de sua vida, ela vai conseguir captar e internalizar as palavras de conforto das pessoas. Seu inconsciente vai passar a agir fazendo com que ela entenda melhor o seu processo. Precisa-se de muita paciência, pois podem ocorrer alguns casos em que a pessoa tem consciência de seus conflitos internos, mas não tem a força para agir. Nesse caso deve-se ao mal que ela deixou penetrar em si e que tirou seu libido para ter atitude de lutar contra o problema.
A vida é feita de escolhas o tempo inteiro. Escolhas que podem ter conseqüências ou não. Momentos em que você perde de um lado, mas ganha do outro. Se a pessoa estiver fechada para seguir em frente e para o novo, ela vai enxergar apenas o lado sombra. O lado sombra é o nosso lado negativo e escuro, mas que pode tornar-se bom e positivo se for desenvolvido. Por exemplo, a criança é briguenta, teimosa e muitos pais a vêem como se fosse um lado ruim nela. Mas é um lado que pode ser bom e que está apenas sombreado, ou seja, está sendo utilizado de uma forma negativa no momento, mas pelo motivo da criança não ter consciência ainda. Futuramente pode ser transformado em algo bom como uma personalidade forte na pessoa ou uma insistência em sempre lutar e não desistir fácil. Mas isso ocorre se ela for trabalhando suas emoções no decorrer de seu desenvolvimento. Em caso contrário pode continuar birrenta e teimosa na vida adulta, atrasando os seus progressos ou o modo distorcido de lidar com as situações.
Hoje em dia é comum também observarmos pessoas que não vivem com o que tem ou com o que foi conquistado ao longo da vida e sim apenas com o que foi perdido e deixado para traz. Trabalham sempre na falta e no que poderia ter sido, não possuem um olhar de prosperidade e abundância. Chamamos isso de Crença Limitadora. É preciso tirar esse escudo de resistência ao novo. É necessário estarmos mais abertos para o que à natureza nos proporciona em oportunidades, pois é dessa forma positiva e inovadora que atrairemos sempre coisas boas em nossas vidas.

A doença como caminho – Um olhar real e positivo.

É normal hoje em dia as pessoas que são diagnosticadas com Câncer, desabarem e acharem que nada vale mais a pena na vida. Mas é exatamente neste momento de crise que entramos com a Doença como Caminho.
Um exemplo para melhor esclarecimento seria em relação a uma pessoa que já estava vivendo sua vida emocionalmente mal e sem querer enxergar nenhuma luz para resolução de seus conflitos, momentos antes da mesma ser diagnosticada, olhamos para traz e lembramos o quanto a sua vida já estava sendo jogada fora. Não queria ajuda das pessoas e muito menos se levantar. Então vamos observar de um modo positivo como encarar o Câncer. Agora esta pessoa não vai poder mais continuar se afundando como estava, chegou à hora de centrar-se no real e cuidar de si. Parar, respirar e rever todo o mal que ela estava vivendo e ter a consciência de que vida lhe deu oportunidades, mas não foram absorvidas e sim abstraídas. Verificar ao ponto que chegou e o que fez consigo. Sua mente estava lhe perturbando tanto que acabou internalizando em seu corpo todo esse mal e não teve forças em colocá-lo para fora. Infelizmente nesses casos as pessoas acordam perante um choque ou um susto. Com isso passa-se a pensar que chegou a hora de realmente se cuidar, não tem como ficar levando a vida da forma que estava. É aprender a transformar o mal pelo bem. Não ficar remoendo para que o problema tornar-se cada vez maior e nem se vitimizar perante o fato. Então a pessoa cai um pouco em si. As vezes pode até ficar em estado de choque ao observar a que ponto chegou com sua própria vida. Atrair um Câncer é muito sério, são muitas mágoas e rancores guardados. É aquele nó no peito que não foi desfeito, acabou virando uma bola de neve de coisas mal resolvidas, estourou e se espalhou como um Câncer.

O tratamento na Psicologia

É importante o papel dos familiares junto ao tratamento. Eles precisam saber como lidar com a situação, mas antes é necessário que aprendam a lidar com a notícia em relação ao ente querido. Devem se conscientizar com o problema, estruturarem-se, para depois ficarem mais fortes para cuidar do outro. Se alguns dos familiares não assimilarem isso, podem acabar atrapalhando mais do que ajudando. A pessoa diagnosticada entra num processo sensível tanto no nível físico como emocional. Não é viável as pessoas ao seu redor transparecerem sentimentos negativos ou de fraqueza como um choro, ansiedade e nervosismo. O que ela mais vai precisar é de apoio para continuar vivendo e caminhando.
É um período da vida muito crítico em que a pessoa vai passar por processos dolorosos como invasão, falta de privacidade e em outros casos até mesmo sofrer mutilação. Na Oncologia é importante o papel do psicólogo, pois é ele que vai resgatar a identidade que é tirada do paciente e ajudá-lo a elaborar seu luto. Existem perdas complicadas pelas quais o paciente sofre como não obter mais a sua residência fixa e sim uma “residência hospitalar”, o mesmo passa a freqüentar hospitais e clínicas o tempo todo, deixando exposta a sua privacidade e intimidade, não consegue ficar perto de suas próprias coisas e passa a não ser mais classificado como indivíduo e sim como paciente. É de extrema importância, os familiares e amigos continuarem sempre acentuando suas habilidades, talentos, para que no decorrer da doença isso não se apague e ele não se sinta com um vazio em ter perdido algumas coisas conforme descritas no parágrafo acima. Essas conquistas devem ser mantidas acesas dentro do paciente, deixando-o fazer as coisas normais do dia a dia. Como por exemplo, tomar banho sozinho, para ele sentir que ainda consegue ter controle sobre ele mesmo, sobre seu corpo e ter esse momento único e exclusivo de intimidade consigo sem ter ninguém por perto o invadindo. Sentir que ainda é dono de si, de suas vontades e principalmente perceber que sua força interna ainda esta ali. As tarefas do seu dia a dia precisam continuar sendo realizadas para ele sentir-se vivo. É importante que os familiares tenham a percepção que ele esta disposto a realizar essas tarefas e o deixarem à vontade. No momento em que os mesmos acham que devem ajudar, podem estar acentuando no paciente uma acomodação e um sentimento de dependência. Mais sério ainda podem fazer com que a pessoa sinta-se inútil e impotente. Podem demonstrar que ele não consegue viver mais sozinho e sem pessoas ao seu redor. Neste momento é importante pedir ajuda de um profissional para identificar o melhor caminho a seguir e qual o melhor procedimento.

Alguns focos importantes em relação ao Câncer de Mama

Em alguns casos no que diz respeito ao Câncer de mama e a mutilação, a mulher perde a noção do seu esquema corporal que significa uma parte do seu corpo. É uma doença que mexe profundamente com a vaidade da mulher, com seu ícone feminino e principalmente com a sua própria identidade. É como se fosse embora uma parte do seu próprio “eu”. Gera preocupações futuras como rejeição, abandono e perda do referencial anterior como mulher. Engloba também questões sexuais, psicossociais e auto estima. Aprofundando, pode mexer com questões relacionadas à infância, desde o nascimento à amamentação. Vou explicar o por que. O Seio da mulher é o órgão de unidade e ligação entre mãe e filho. É o símbolo materno de maior acolhimento para com o bebê.
A amamentação é um dos melhores momentos que uma mãe pode dar ao seu filho. O leite é o alimento de importante significado para ambos, tanto para a mãe que doa e para o filho que recebe. Em torno desse encontro existe um laço de amor eterno e profundo.
Devido ao câncer de mama, a mulher pode não sentir-se mãe por completa. Ela acaba se sentindo invadida e com um vazio interno daquilo que foi tirado de seu próprio corpo bruscamente. Aquele pedaço de doação e união que poderia ser dado ao seu filho.
Com esse processo a mulher não se sente útil em dar 100% de amor para o bebê. É um caso sério que necessita de um acompanhamento psicológico para que a mulher trabalhe internamente suas perdas e assimile seu luto devido à ausência da mama. É preciso voltar e recuperar sua alegria de viver, seu amor próprio e reconstruir a sua identidade. Após recuperar essas questões ela conseguirá transmitir o amor completo ao seu filho, pois ela já vai estar com esse amor dentro de si mesma. Seus conflitos internos já vão estar bem elaborados e aceitos. Uma mãe, com essas questões resolvidas vai estar estruturada para montar um ambiente acolhedor e de calor materno ao bebê. O amor será mais intenso e transparente. É importante esse ambiente, pois é ele que vai dar sustentação e base ao todo.
Quanto mais estivermos abertos para compreender, aceitar nossas falhas e limites o nível de cobrança em cima de si mesmo diminui. Se a pessoa der muita importância para os conflitos eles permanecem na mente intensamente de forma negativa como pensamentos obsessivos, surgindo a confusão mental e passando por cima de princípios que já foram conquistados e internalizados. A vida nos coloca frente a alguns conflitos para podermos entendê-los e não para ficarmos nos colocando em posição de vitima perante a ele.
Como coloquei no parágrafo acima, assumindo suas fraquezas, limites e também seus erros, você consegue conquistar a sua maturidade emocional, pois é ela que nos dá condições de criar expectativas saudáveis a nosso próprio respeito.

Aprendendo a viver a vida naturalmente.

O relacionamento dos familiares e amigos, junto ao portador da doença deve ser sempre conduzido de maneira positiva. Ajudá-lo a perceber que pode viver sua vida normalmente como todo mundo e incentivá-lo a voltar ao trabalho para que continue com sua independência, são pontos importantes que devem ser valorizados.
As pessoas de um modo geral acreditam que o Câncer é sinônimo de sofrimento e morte. Isso é um engano, hoje em dia as pessoas portadoras do câncer estão obtendo mais qualidade de vida, devido à evolução da Medicina. Por tanto encare como um processo de vencimento de barreiras e aprendizado. Continue com seus sonhos e projetos. Isso também serve para as pessoas ao redor transmitirem a mesma energia ao portador. A pessoa precisa acreditar que é capaz e que pode continuar trabalhando e produzindo. No ambiente de trabalho, por exemplo, os colegas precisam aprender a lidar melhor com suas emoções para depois poderem transmitir a maturidade necessária ao outro. Não olhar o portador como uma pessoa fraca. Todo mundo é igual e nosso potencial e luz independente do que aconteça estará sempre ali dentro de nós mesmos. Uma pessoa que transmite essa fraqueza como um olhar de pena ou um sentimento de tristeza, precisa trabalhar melhor suas questões, para depois enxergar a pessoa não como um portador de Câncer e sim como um portador de forças. É muito importante a pessoa não se desvincular de seu trabalho enquanto tiver forças fisicamente. Conforme ela continuar com sua independência no trabalho automaticamente vai obter essa mesma independência perante a doença não se entregando a ela. A nossa base para a vida é estar com os pés fixos no profissional. É importante essa realização, pois é ela que vai dar forças para o resto do todo evoluir junto. Aos colegas de trabalho, transformem o ambiente de vocês em um clima harmonioso e aprenda com o potencial e a força de uma pessoa que mesmo sabendo de sua doença, também tem a consciência que pode viver normalmente.
Quem sabe não será essa pessoa que vai lhe ajudar a enxergar coisas que você em algum momento pode estar bloqueando.

Projeção X Psicossomática

É importante ajudar uns aos outros com prazer e sem esperar nada em troca. Existem pessoas que em alguns momentos de suas vidas abandonam a si mesmo para fazer tudo pelo outro. Não seguem com sua própria vida, não se casam, não trabalham e não possuem uma vida social ativa. Esse é um processo pelo qual muitas pessoas passam sem perceber a roubada que estão se metendo. Para você obter uma paz em sua consciência, deve-se ajudar sem auto se abandonar. Vou explicar como funciona esse processo. A pessoa no fundo sabe que sua vida não anda bem, acha que sua função é unicamente ajudar as pessoas e inconscientemente passa a dedicar-se aos outros. Permanece sempre disponível para o outro menos para ela mesma. Futuramente a mesma vai criando um vazio dentro de si e esse mesmo vazio significa a sua vida que está sendo abandonada. Esse buraco que é o seu vazio interno também vai ser usado de forma negativa. Como por exemplo, a pessoa vai começar a manipular e projetar em cima do outro aquilo que ela não faz por ela mesma e esse vazio a ser preenchido será a esperança de que esse "outro" reconheça os seus valores e o que ela tem feito por ele.
Se nesse caso ela estivesse cuidando desse "outro", e paralelamente cuidando de si, não abandonando sua vida e nem suas conquistas, ela cuidaria com prazer e saberia que o mesmo não tem obrigação de suprir sua carência e sua falta de amor próprio. Se a pessoa ajuda e ao mesmo tempo existe uma cobrança, é porque esta ajuda já está sendo usada negativamente. Tudo que é feito com prazer não pode existir cobrança.
A explicação acima é para entender que nesse processo que envolve o abandono de si e projeção, a pessoa acaba psicosomatizando também outras doenças. A loucura nesse processo pode ser tão intensa, que pode chegar ao ponto de culpar o outro pelo seu próprio sofrimento e pela atração da doença psicosomatizada. A culpa que era para ela sentir consigo mesma, devido ao seu autoabandono, ela projeta no outro. É importante um acompanhamento de um psicólogo que mostre todo esse caminho que ela vem percorrendo até ela conseguir entender, internalizar, assimilar e colocar ação para a mudança. Voltar a ter o amor perdido por ela mesma, e a partir desse momento, conseguir dar alguma coisa para o outro.






quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PREVENÇÃO DE SAÚDE: VIDA SAUDÁVEL

Por Gustavo Caiuby- Mtb: 45020/SP

Meu parecer Psicológico: Simone Costa

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 196 determina que’ A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Mas será que essa lei está sendo cumprida à risca pelos governantes? Um dos projetos sociais de saúde bastante difundido junto à população é o Sistema Único de Saúde (SUS). Com uma abrangência nacional, o SUS possui como princípios constitucionais a universalidade, equidade e integralidade, mas atende principalmente a população de baixa renda, com Equipes de Saúde da Família (ESF) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Por outro lado, há alternativas para os setores da sociedade que têm condições financeiras de pagar planos privados de assistência médica junto às operadoras. Nesse caso, o mercado de saúde suplementar está constituído por cinco modalidades de operadoras: autogestão, cooperativa médica, medicina de grupo, filantrópico e de seguradoras. Apesar da consolidação do SUS como um projeto de saúde nacional, hoje em dia, a consciência geral é de que ainda faltam mais ações, políticas e campanhas institucionais sobre promoção e prevenção de saúde. À exceção é o Programa Nacional de DST e AIDS (PN-DST/AIDS). Criado por meio da portaria número 236 em dois de maio de 1985, durante a gestão do então presidente José Sarney, ele é considerado uma referência mundial no tema. Como uma medida preventiva, o governo recentemente realizou uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a rubéola em que a população foi chamada para participar, mas a ação ainda é considerada insuficiente sobre o tema.
No âmbito mundial, desde a descoberta da vacinação pelo médico inglês Edward Jenner no final do século XVIII, a prevenção de saúde tem obtido uma importância cada vez maior ao longo dos tempos. Um dado divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) trouxe um alerta sobre o tema. De acordo com a entidade, as doenças crônicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias são a principal causa de morte no mundo, pois elas representam cerca de 59% do total de 57 milhões de mortes por ano e 46% do total de doenças no planeta. A prevenção dessas enfermidades está diretamente ligada ao estilo de vida e à alimentação que o cidadão tem no seu dia-a-dia. O sedentarismo, por exemplo, é o causador de um milhão e 900 mil mortes no mundo, já que o risco de se ter uma doença cardiovascular aumenta 1,5 vezes nos indivíduos que não praticam atividade física regularmente. Por outro lado, os benefícios para as pessoas que se exercitam rotineiramente estão na redução do risco de ter problemas cardiovasculares, na redução de sintomas de depressão, de sofrer morte prematura,de sofrer de obesidade, além de ajudar a prevenir a hipertensão que afeta 1/5 da população mundial. Em relação à alimentação, sabe-se que a maioria das doenças cardiovasculares é atribuída a colesterol elevado, tensão arterial elevada e dieta pobre em verduras e vegetais. Com isso, a prática regular de atividade física combinada com uma alimentação saudável baseada em verduras e nutrientes torna-se uma ótima alternativa no combate à obesidade e na prevenção de doenças crônicas. Além disso, a consciência de realizar visitas ao médico rotineiramente e não somente de forma reativa em relação ao problema de saúde sofrido é uma prática bastante válida como medida preventiva. A corretora de imóveis Keila Almeida, por exemplo, teve câncer de bexiga aos dois anos de idade, além de mais de vinte intervenções cirúrgicas como seqüelas da operação. Devido ao problema sofrido, ela está mais precavida em relação a sua saúde. Hoje, faz exames ginecológicos a cada seis meses e consulta um clínico a cada dois.

Questionado se o brasileiro faz tratamentos e exames preventivos, o médico, psiquiatra e psicoterapeuta familiar, Marcos Naime Pontes, afirma que a maioria dos pacientes o procura de forma reativa em relação a algum problema psicológico, já que a participação de um terapeuta pode ser muito benéfica na diminuição das tensões e na busca da harmonia entre um grupo de pessoas como uma família ou casal. Por sua vez a psicóloga Simone Costa destaca que o diálogo em família desde a adolescência até a fase adulta é fundamental na prevenção de saúde. Ela ressalta que a mídia e as escolas têm grande responsabilidade na divulgação de informações relativas ao tema. “Na minha opinião, além do bom diálogo entre pais e filhos, as escolas tinham que incluir na grade curricular uma matéria onde psicólogos fossem dar aulas sobre saúde preventiva”, afirma. Já para a advogada Cristina Carretero, o brasileiro não faz exames e tratamentos preventivos de saúde como deveria. O motivo é o alto custo, uma vez que apenas as pessoas de média e alta renda têm condições financeiras de fazer um check-up, por exemplo.

Por outro lado, o dentista e secretário-geral da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Newton Miranda de Carvalho, afirma que já existe uma boa consciência entre a população sobre a importância da prevenção de saúde bucal e que é preciso fazer consultas ao dentista a cada seis meses. Entretanto, ele cobra maior comprometimento do governo com ações institucionais sobre o assunto. “É preciso que haja um maior investimento do governo para que cresçam os atendimentos que privilegiem a prevenção como cultura e como política de Estado”. Carvalho destacou a importância das ONGs nesse processo. “Elas são absolutamente bem focadas e sua ação é pontual, cirúrgica, sem dispersão de esforços e valores, devendo, contudo, serem mantidas sob observação do Estado para evitar desvios e oportunismo”. O dentista afirmou ainda que a ABO está engajada no tema. “Nós centralizamos e coordenamos ações de saúde e de prevenção por todo o País por iniciativa própria ou em parcerias com órgãos estatais e com outras instituições. Além disso, divulgamos o tema para nosso público e para a opinião pública”.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Matéria sobre: Manipulações nos relacionamentos. Revista UM (Universo Masculino)



* Clique na imagem para visualizá-la melhor.

Meu paracer Psicológico na matéria: está ao lado direito embaixo da foto.

Publicada em: Setembro de 2008.